quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Bioimpedância - Avaliação da Saude


O que é Bioimpedância

Nosso peso é composto pela somatória de todos os órgãos (por exemplo, cérebro, músculos, coração, pele, ossos e gordura) e água. A balança pesa todos estes componentes juntos, não diferenciando a quantidade de peso de cada um destes elementos. O mesmo ocorre quando calculamos o IMC (índice de massa corpórea), que é calculado dividindo-se o peso pela altura ao quadrado (IMC = Peso / Altura2). Se o resultado for menor de 25, o individuo é considerado saudável, maior que 25 sobrepeso e maior que 30 obesos. Apesar deste calculo ser uma ferramenta útil para avaliação da massa corpórea, ele é impreciso. Uma pessoa musculosa pode ter o IMC elevado, mas não ás custas de gordura, o que caracteriza um obeso, mas de musculoso. Por outro lado há pessoas com IMC baixo e com muita gordura corpórea, são os falso-magros. De nada adianta pesar pouco, se o peso é composto em sua maioria por gordura. Uma pessoa falso-magra (ou seja, com peso baixo, mas alto teor de massa gordurosa) tem o mesmo risco de apresentar um infarto que um obeso. O equilíbrio entre as porcentagens de massa gordurosa, massa não gordurosa (musculo, ossos, etc) e agua é fundamental para uma boa saúde e bem estar. Podemos aferir este equilíbrio através da bioimpedância.

A bioimpedância é um aparelho que afere com alta precisão a composição corporal. O exame é realizado medindo a velocidade com que a corrente elétrica passa através do corpo. Nos músculos e agua corpórea, a velocidade é rápida e na gordura, baixa. Junto com dados pessoais como idade, peso, altura gênero, o aparelho de bioimpedância fornece a analise da composição corporal individual e personalizada. Obtemos assim os seguintes dados: porcentagem de gordura corpórea, porcentagem de massa não gordurosa, porcentagem de agua, taxa metabólica basal (é o numero de calorias que a pessoa gasta por dia para manter-se viva, sem realizar atividade alguma), quantos quilos de musculo é preciso ganhar, quanto de gordura tem que perder; quanto de calorias se gasta em diversos tipos de atividade física e recomenda as calorias dietéticas necessárias para atingir um peso saudável, com a composição corporal correta.

A bioimpedância auxilia a identificar risco á saúde relacionada a níveis excessivamente elevados ou baixos de gordura corporal. Gordura corporal baixa demais está presente em indivíduos com anorexia nervosa, e é um risco à vida, pois a gordura serve para produzir hormônios, é fonte de energia nos períodos que não comemos, mantém a temperatura corpórea e ajuda na imunidade. A falta excessiva de tecido gorduroso pode ser fatal.

Quem pode realizar a bioimpedância?
Pessoas de todas as faixas etárias beneficiam da avaliação da composição corporal. Desde crianças com problemas de obesidade, pessoas que querem perder peso, durante avaliação da cirurgia bariátrica (perde-se musculo e gordura no pós-operatório), atletas para acompanhar o ganho de massa muscular etc.

Para o idoso este exame é importante. À medida que envelhecemos, nosso corpo acumula gordura e ocorre diminuição da massa muscular. Há maior propensão a quedas, diminuição da locomoção e queda da qualidade de vida. Com a bioimpedância, avalia-se o estado de saúde do idoso, e acompanha o ganho de massa muscular com a atividade física.

Quem não pode fazer o exame?
Pessoas com marca-passo, gestantes, período peri-menstrual.

Como o resultado da bioimpedância auxilia no controle de peso?
Para se perder peso fazemos atividade física e dieta. Porem dependendo do tipo de atividade e da dieta corremos o risco de perder musculo ao invés de gordura. Além disto, muitas vezes “empacamos” na balança, pois perdemos gordura e ganhamos músculos durante este processo. A bioimpedância, feita de rotina, mostra e evolução da alteração da composição corpórea ao longo do tratamento. Desta forma, mesmo que o peso na balança fique igual, a bioimpedância mostra se houve ganho de massa muscular e perda de massa gordurosa, o que indica sucesso terapêutico apesar da balança, que ,como já dito, afere o peso como um todo.

Durante o tratamento para perda de peso, há necessidade de alterar a ingesta de calorias, dependendo justamente da composição corpórea.
Neste caso, a bioimpedância seriada auxilia a orientação e reorientação médico-nutricional.

Independente de sua composição corpórea,faça atividade física e alimente-se de forma saudável. Só assim evitamos a epidemia de obesidade e diabetes mellitus que assola nosso planeta.

Dra Bibiana Prada de Camargo Colenci
Clinica de Diabetes e Saúde

CRM 93178



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Taxa de diabetes em crianças já é 4 vezes maior na China que nos EUA



Segundo estudo americano, enriquecimento e mudanças de hábitos de alimentação trouxeram novos problemas de saúde ao país.

Alçada à condição de superpotência entre os emergentes, a China vem enfrentando problemas decorrentes de seu enriquecimento. Um dos principais, apontam especialistas, é o elevado índice de obesidade entre as crianças do país.

Um estudo publicado recentemente na revista americana 'Obesity Reviews', principal publicação da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, apontou que os jovens chineses têm taxas de diabetes quatro vezes maiores do que as de seus pares americanos.

Entre os principais fatores que explicam a saúde precária dos adolescentes do país estão a mudança drástica no estilo de vida e nutrição, além da elevação nos índices de sobrepeso e obesidade que o gigante asiático tem registrado nas últimas décadas.

De acordo com o estudo, os jovens chineses também estão mais suscetíveis a doenças cardiovasculares.
Nos últimos anos, a China tem experimentado um crescimento econômico sem precedentes. Mas, em contrapartida, o país passou por dramáticas transformações no padrão de dieta, peso, e atividade física da população.

Para investigar o fenômeno, cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos , acompanharam durante duas décadas 29 mil pessoas em 300 comunidades na China.
A cada dois anos, os cientistas atualizavam os dados de mudanças de peso, hábitos alimentares e níveis de atividade física dos pacientes.

Ao fim do estudo, eles constataram 'um grande aumento nos fatores de risco cardiometabólico e de sobrepeso' dos chineses.

Riscos
Os cientistas também observaram uma incidência de diabetes e pré-diabetes de 1,9% e 14,9% respectivamente em crianças de entre 7 e 17 anos. De acordo com a pesquisa, na China, 1,7 milhões de crianças entre 7 e 18 anos têm diabetes e outras 27,7 milhões são consideradas pré-diabéticas.
Segundo eles, as altas taxas aumentavam os riscos de doenças cardiovasculares.

Quando compararam os dados colhidos com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES) dos Estados Unidos, os pesquisadores descobriram que as taxas de diabetes e fatores de risco cardiovascular são quatro vezes maiores entre a população jovem chinesa do que entre crianças e adolescentes americanos.

'Além disso, mais de 35% das crianças menores de 18 anos têm níveis elevados de, pelo menos, um fator de risco cardiometabólico', afirma o professor Barry Popkin, responsável pelo estudo.
Segundo ele, se nada for feito urgentemente para reverter essas tendências, o sistema de saúde pública na China terá de enfrentar um enorme desafio nos próximos anos.
'O que é inédito é a mudança na dieta, peso e risco cardiovascular em crianças de 7 anos ou mais', destaca Popkin.
'Esses números mostram o enorme fardo que o sistema de saúde da China terá de enfrentar se nada mudar', acrescenta.
Os cientistas também observaram altos níveis de risco tanto em indivíduos de comunidades urbanas quanto rurais, independentemente da classe social.
Para os autores, 'os iminentes custos de saúde e suas implicações são imensos'.

Fonte: ig.news

terça-feira, 26 de junho de 2012

Obesidade infantil: um problema serio e crescente


O sedentarismo e a obesidade infantil, e também na adolescência, têm uma relação muito próxima. O papel dessa relação entre o sedentarismo e a obesidade contribui para graves consequências, tais como doenças cardiovasculares, diabetes, etc.
Torna-se então necessário proporcionar ás crianças hábitos alimentares correctos e promover as actividades físicas. Se coloca a si perguntas sobre o sedentarismo e a obesidade infantil, então este artigo é para si. Corrigir a falta de hábitos das suas crianças torna-se necessário, pois anos mais tarde eles vão-lhe agradecer.
É um facto que as crianças estão a ficar mais altas a cada nova geração. Infelizmente, estão também a ficar mais largas e isto deve-se a um conjunto de elementos que se aliam para produzir mais e mais gerações de crianças infelizes e com excesso de peso.
Na primeira parte deste século, as crianças eram “vistas e não ouvidas” durante a maior parte do tempo. Não havia coisas como televisão para crianças; este tipo de entretenimento, quando chegou, estava reservado para o prazer dos adultos.
Após as aulas, mandava-se as crianças sair para brincar nas ruas ou nas matas, onde queimavam as calorias que tinham acumulado durante o dia. “Brincar lá fora” predispunha as crianças para jogos inovadores, ao sabor da sua imaginação, e dava também para horas e horas de exercício físico.
Os miúdos construíam casas nas árvores, brincavam ao pião e chapinhavam nas poças até ficarem completamente exaustos. Hoje, as nossas crianças chegam a casa e imediatamente se ‘colam’ ao ecrã da televisão ou talvez a uma consola de computador, onde estão continuamente a mastigar, tanto antes como depois da refeição, até à hora de deitar.
Com este regime sedentário, não é de surpreender que as nossas crianças vão inchando até à adolescência.
Um outro aspecto infeliz do tipo de vida das nossas crianças é que os adultos já não são capazes de dedicar um pouco do seu tempo para corrigir as rotinas dos seus filhos. Tanto o pai como a mãe estão empregados a tempo inteiro, no mundo moderno, e já poucos têm o tradicional ‘a mamã fica em casa’.
As crianças, deixadas com os seus aparelhos, farão o que bem entenderem – e o que elas querem é estar sentadas em frente a um ecrã a comer batatas fritas e doces!
Nas comunidades em que vivemos não é sensato permitir que as crianças brinquem lá fora sem a supervisão de um adulto. Até ambientes ‘seguros’ como parques ou pátios de recreio podem ser presas para os raptores e molestadores de crianças, pelo que a supervisão é a única solução viável para pais responsáveis, trazendo de volta o velho problema de não haver tempo para estar sentado de vigia enquanto as crianças têm o seu pedaço de exercício físico diário.
A resposta a isto é uma dieta saudável e controlada, claro, mas mesmo uma solução simples como esta requer uma supervisão rigorosa para que possa ser bem sucedida. Muitos pais concluíram que a proibição de guloseimas dá bons resultados, ou pelo menos impedir que comam doces antes do jantar.
Obviamente, se o seu filho comeu uma refeição saudável, substancial e nutritiva, sentir-se-á menos predisposto a comer grandes quantidades de doces, barras ou batatas fritas.
Após as aulas, o exercício físico é importante, juntamente com uma alimentação controlada. Várias escolas estão a introduzir, no ambiente escolar, actividades para combater o ganho de peso e até qualquer um Professor de Educação Física o poderá ajudar, se o requerer, com um programa para uma alimentação saudável.



Fonte : obesidadeinfantil.org

A Tecnologia Auxiliando o Controle do Diabetes



Ser diabético não é fácil. Se for tipo 1 ou tipo 2 usuário de insulina, além de manter uma dieta rigorosamente saudável e fazer atividade física, necessitam realizar o controle glicêmico com o hemoglicoteste (as famosas fitinhas e ponta-de-dedo ) e muitas vezes realizar a contagem de carboidratos.

A contagem de carboidratos nada mais é do que um cálculo matemático, onde somamos a quantidade de carboidrato que ingerimos e dividimos por um fator (determinado pelo endocrinologista) para achar a dose de insulina necessária para “queimar” aquela refeição. Para fazer estes cálculos é necessário que saibamos a quantidade de carboidrato presente em cada alimento. Até há pouco tempo o diabético tinha que carregar consigo um livrinho de bolso contendo estas medidas.

Mas com o avanço da tecnologia foram desenvolvidos diversos programas que baixamos no celular de tal forma que temos esta lista – literalmente - na palma das mãos. Escolhi alguns aplicativos gratuitos e em português que testei aprovei.

Programas como DIAMIGO, desenvolvido para iPhone, iPod, iPad. Inserimos dados como nome, idade, tipo de diabetes. Colocando a dose de glicemia pré-refeição e dados como sensibilidade insulínica o aplicativo sugere a dose de insulina a ser aplicada. O interessante é que há possibilidade de cadastrar os dados de seu endocrinologista, permitindo envio de informações diretamente para ele. Para baixar basta entrar no Apple Store e digitar Diamigo.

Outro aplicativo interessante é o GlicOnLine (http://gliconline.com.br/). Este aplicativo pode ser utilizado no computador, ou em qualquer smartphone que tenha internet. Da mesma forma que o anterior, há uma tabela de carboidratos e possibilita o cálculo de insulina e envio de informações ao medico endocrinologista.

O Glicocare, também para IPhone e iPod, e pode ser baixado na Apple Store. Com o Glicocare, pode-se avaliar o andamento da glicose e de interessante é que há envio de SMS com dicas sobre diabetes e qualidade de vida, o que ajuda o diabético a se lembrar de se automonitorizar. Há possibilidade de o próprio usuário criar lembretes que o alertam quando programado. Tem um gráfico para acompanhamento da glicemia. No entanto, ele não sugere a dose de insulina a ser aplicada. Mas é uma boa opção para usar junto com outro aplicativo, como um adicional.

Ainda em relação a auto monitorização, há dispositivos como as bomba de insulinas que têm acoplado o sensor de glicose (Paradigma da Medtronic) o qual afere a glicemia em tempo real a cada 5 minutos. Assim o paciente pode prever se está evoluindo para hipo ou hiperglicemia, possibilitando maior prevenção, controle e segurança. A bomba da Roche Perfoma Combo pode ser controlada por controle remoto o qual também é um medidor de glicemia. Ele envia os dados para a bomba por ondas de radio, facilitando o manejo.

Até as insulinas estão mais modernas. Desde 1921 quando Banting e Best conseguiram isolar a molécula de insulina e houve produção em escala de insulina, o tratamento desta doença avançou muito. Vidas foram salvas. Depois vieram os análogos da insulina; e com isto pode-se simular melhor a liberação de insulina do pâncreas. Agora estamos na fase de “insulinas inteligentes” (smart insulin), com liberação programada e prolongada possibilitando menor ganho de peso e menor eventos hipoglicêmicos.

Em relação a aplicação de insulina, as canetas de insulina possibilitaram picadas menos doloridas e menor erro na aplicação da dose (já que o numeral mostrando a dose é grande – bom para crianças e idosos) com menor erro na aplicação.Atualmente há a caneta sem agulha - a Safe-Inject, que promete aplicações quase indolores.

Hoje no Brasil somos 12 milhões de diabéticos. Muitos necessitam destas fantásticas ferramentas que facilitam nosso dia- a- dia. Experimentem, e escolham a que melhor lhes convier. 



autora : DraBibiana 

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Brasil terá açúcar que não engorda e poderá ser consumido por diabéticos



 Ele não engorda, não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos. É o açúcar FOS (sigla para fruto-oligossacarídeos), que passará a ser fabricado no Brasil graças a um novo modo de fabricação, desenvolvido por uma pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp).
O açúcar FOS não engorda porque sua molécula é muito grande para ser quebrada pelo organismo. Ele é absorvido apenas pelos micro-organismos que vivem na parte final do intestino, daí seu papel probiótico. Ao ingerirem o açúcar, esses organismos crescem e ajudam no tratamento de algumas enfermidades, como problemas de absorção de cálcio, diabetes e câncer. Por causa do seu tamanho, o FOS também não consegue ser metabolizado pelos organismos que ficam alojados na boca e que causam a cárie e as placas dentárias.
Açúcar saudável: o produto criado pela Unicamp não engorda porque é formado por uma molécula grande que não pode ser degradada pelo organismo (Antoninho Perri / Divulgação)
O FOS já é conhecido e usado com maior frequência em países do hemisfério norte, inclusive em produtos voltados para diabéticos. No Brasil, seu consumo ainda é restrito. De acordo com Elizama Aguiar de Oliveira, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e autora do estudo, é possível encontrar no Brasil alguns produtos que já contenham FOS. A variabilidade, no entanto, é pequena em função dos custos. Uma lata de leite em pó com FOS, por exemplo, tem preços entre 20 reais e 40 reais. "Se produzido nacionalmente, esses custos podem ser reduzidos", diz.
Tecnologia nacional — A metodologia desenvolvida por Elizama emprega uma liga de nióbio (um minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis) e de grafite para imobilizar a enzima que irá produzir o açúcar. Imobilizando a enzima nesse minério, evita-se que ela se dissolva e o resultado obtido é um xarope rico em oligossacarídeos, sacarose, frutose e glicose. Em seguida é feita a purificação, na qual os subprodutos são separados e os oligossacarídeos são encaminhados para o setor industrial, quando vários produtos com FOS poderão ser processados – como chicletes, balas, sorvetes e pães.
"Não existe contraindicação, o único cuidado é evitar o exagero no consumo, que pode causar cólicas e diarreias", diz Elizama. Segundo a pesquisadora, alguns estudos estimam que o ideal será um consumo máximo de 6 a 10 gramas do FOS por dia. "Mas essa quantia varia muito, depende da maneira que o organismo da pessoa responde ao produto", diz.
Matéria-prima — De acordo com a engenheira, mesmo com a riqueza de matéria-prima para o FOS no país, eles são pouco processados no Brasil. A maioria do que é hoje comercializado vem da Europa, do Japão e dos Estados Unidos, regiões onde os fruto-oligossacarídeos são ingeridos de maneira mais variada. Nesses lugares, ele é empregado em produtos como chicletes, sorvetes, biscoitos, doces, sucos e na linha de alimentação infantil e animal.
Saiba mais
Nióbio
Minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis. O Brasil é o maior produtor desse minério no mundo. As suas jazidas estão mais concentradas no estado de Minas Gerais, na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, próxima da região de Araxá, e no Estado do Rio de Janeiro, na Companhia Fluminense.
FOS
O esse tipo de açúcar é um fruto-oligossacarídeo, que não consegue ser metabolizado pelos seres humanos, como acontece com o açúcar comum, por ser formado por uma molécula muito grande e que precisa ser quebrada em partículas menores com enzimas específicas, não existentes no organismo humano. Os FOS não são tão doces quanto o açúcar de mesa (têm cerca de 60% da doçura da sacarose), porém são mais finos e mais brancos.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

NÚMEROS DO DIABETES NO BRASIL


Foi divulgado, na semana passada, no site da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o novo número de pacientes com diabetes no Brasil: 12.054.827. Os dados são resultado da atualização dos números do Censo de Diabetes, do final da década de 80, baseado no Censo IBGE 2010. O levantamento e a atualização foram feitos pelo editor-chefe do site, Dr. Laerte Damasceno.
De acordo com a publicação no site da SBD, o professor Titular da Disciplina de Endocrinologia da UNIFESP, Antonio Roberto Chacra, declarou que esse número deve ser divulgado, e se tornar um tipo de referência para os pacientes com diabetes no Brasil. Já a professora Sandra Roberta Ferreira Vívolo, Titular da Faculdade de Saúde Pública, da USP e Coordenadora do Departamento de Epidemiologia da SBD, acredita que a iniciativa tomada pelo Dr. Laerte deve ser um marco no diálogo sobre número quando o assunto é diabetes mellitus (DM). “A informação sobre quantos brasileiros apresentam diabetes é de grande relevância para compreender a situação atual da nossa população, mas, acima de tudo, planejar o futuro visando prevenir o “anunciado” agravamento da situação”, disse a especialista.
Na matéria, Dra. Sandra explica ainda que este agravamento é, em grande parte, atribuído ao moderno estilo de vida que aumenta a adiposidade corporal. “Embora muito se tenha avançado no tratamento farmacológico do DM, ninguém questiona a afirmação de que o grau de controle está bem aquém do desejado”, declarou a especialista.
Por sua vez, o presidente da SBD, Dr. Balduino Tschiedel, afirmou que a partir de agora 12 milhões será o número oficial de pacientes com diabetes no Brasil e que esse número será o utilizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes.

fonte : site SBEM

quarta-feira, 14 de março de 2012

DOCE PÁSCOA


A Páscoa é uma data festiva crista que comemora a ressurreição ode Cristo, e também uma data judaica, descrito no antigo testamento, comemorando o êxodo do povo de Israel da terra do Egito. A Pascoa traz, portanto, um significado de mudança e vida nova, representado nos dias de hoje pelo ovo da Páscoa.
No entanto, a maioria de nós foca apenas no ovo e não no significado real desta época. Muitos diabéticos e pessoas que querem perder peso abominam-na ou por ser motivo de descontrole glicêmico, ou porque terão que “sair da dieta pelo menos neste final de semana”.

Não há motivo para pânico. Com algumas pequenas modificações no seu cardápio, sua Páscoa será deliciosa e alegre!

1.       Não comece a Páscoa mais cedo. As lojas enchem-se guloseimas e chocolates forçando-nos a comprar para dar, e comer. Começam meses antes da Páscoa Ganhamos caixas de chocolates e bolos e corremos o risco de perdemos o controle na ingesta. Comemos sem perceber, achando que um pouquinho não faz mal. Porem de pouquinho em pouquinho... Estabeleça um acordo consigo: não comece a páscoa antes da Páscoa. Nada de ovos de chocolate por antecipação.

2.       Foque na qualidade ao invés de quantidade. Com as prateleiras dos supermercados e propagandas pela cidade, fica difícil não quere provar de tudo. Mas pense em você: ao invés de comprar muitos pacotes e caixas de chocolates, procure aquele daquela marca que você mais adora e se de o prazer de comer um pedaço. Haverá outras Pascoas.

3.       Aproveite o feriado para fazer alguma atividade. Ande de bicicleta, saia com a família. Você terá um período prazeroso, além de dar um ótimo exemplo para as crianças!

4.       Viaje. Conheça algum lugar novo, de preferencia onde se possa andar bastante.

5.       Após as festividades volte para sua dieta. O leitor certamente pensará: “fácil ela escrever isso!; o difícil é fazer ! Tanta coisa gostosa! Além disto , quero descansar!”. Bom, penso que o ótimo sempre é inimigo do bom. Então, mesmo que você escorregue na dieta, lembre-se de voltar aso trilhos na Segunda- feira. O maior risco da Pascoa esta em ver que sobrou um monte de guloseimas e não conseguir segurar a tentação. Por isso fique com poucos e bons doces para que o retorno aos hábitos alimentares saudáveis seja menos penoso.

E para que não haja tanta confusão, aqui está um Mini Guia de Sobrevivência para a Páscoa:
1.    Internalize o real significado da Páscoa, que com certeza não é… devorar chocolates!!
2.    Compare os rótulos do chocolate comum e diet, aquele com menor quantidade de carboidrato poderá ter menor efeito na glicemia, desde que, consumido em quantidades equivalentes.

3.    Para saber se o chocolate está dentro do que consideramos saudável, verifique a quantidade total de gordura. O saudável é que a cada 15 gramas de carboidrato o alimento contenha até 5g de gordura total. Não são raras as vezes que o chocolate diet tem maior quantidade de gordura quando comparado ao chocolate comum. Outro ponto a ser avaliado é que a glicemia, após a grande ingestão de gorduras, pode elevar-se após 3-5 horas.

4.    Tente encaixar a porção de seu ovo de Páscoa no seu plano alimentar, respeitando horários e quantidades. Desta forma, você estará mantendo a glicemia dentro do normal e também mantendo seu peso. E em partes, por exemplo, 30 gramas de chocolate ao leite comum, equivale em termos de carboidrato, a 1 fatia de pão com margarina .

5.    Divida os ovos de Páscoa com sua família, eles não precisam ser consumidos de uma só vez.
Se você segue a Contagem de Carboidratos, converse com seu endocrinologista para aprender ou retomar a relação insulina:carboidrato, pensando em manter a normoglicemia mesmo em situações que fujam da rotina.
Feliz Páscoa !



quinta-feira, 1 de março de 2012

Microship podera substituir injeções de insulina


Trata-se dos resultados do primeiro estudo clínico utilizando um sistema de liberação de droga implantável utilizando um microchip controlado por tecnologia wireless.
No artigo citado, publicado em Science Translational Medicine, 8 pacientes portadoras de osteoporose pós-menopausica receberam um fragmento de parathormonio humano, hPTH(1-34) liberado pelo sistema. O hPTH(1-34) é a única terapêutica anabólica considerada eficaz no tratamento da osteoporose, porém, deve ser administrada subcutânea em doses diárias, o que torna-se um grande problema de aderência ao tratamento. Uma maior eficácia na formação óssea requer uma liberação intermitente ou pulsátil do hPTH.
O sistema implantado é constitudo por um reservatório contendo hPTH(1-34) e um microchip liberador controlado por tecnologia wireless.
A farmacocinética, tolerância e bioequivalencia do hPTH foram avaliados. A farmacocinetica foi semelhante à observada em múltiplas aplicações diárias do hPTH e apresentava menor coeficiente de variação. Os marcadores de formação óssea mostraram o aumento de formação óssea.
Não houve eventos tóxicos ao sistema, nem à droga, sem impactar a qualidade de vida das pacientes.
Desssa forma, já existem sistemas inteligentes para administração de peptídeos e polipeptideos. Uma vez que a insulina é um polipeptideo, embora mais complexo, podemos supor que as injeções de insulina poderão ser substituídas por sistemas inteligentes que liberem doses de insulina, observando não só as necessidades diárias como também ao ritmo de liberação. E não será por mágica ou encanto.
Informações adicionais
Uma vez que não surgem por encanto, de onde vem essas tecnologias?
Três dos autores são da MicroCHIPS Inc, empresa sediada em Waltham, MA, Grande Boston, pioneira em sistemas inteligentes, implantáveis, projetados para uso em portadores de doenças crônicas que requerem terapêutica e monitorização precisas. Dois dos autores são do Harvard Medical School, Massachusetts General Hospital, Endocrine Unit, Boston, USA.

Você pode ver o Abstract do artigo ou solicitar o full text.
A revista eletrônica, Science Translational Medicine, Rapid Publication on February 16, 2012, publicou o RESEARCH ARTICLE, First-in-Human Testing of a Wirelessly Controlled Drug Delivery Microchip. Sci.Transl. Med. DOI:10.1126/scitranslmed.3003276.
http://stm.sciencemag.org/content/early/2012/02/15/scitranslmed.3003276
MicroCHIPS Inc.
http://www.mchips.com/
On Demand Therapeutics Inc.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Novo medicamento para Obesidade

Especialistas do FDA (Agência Sanitária dos EUA) recomendaram a aprovação nesta quarta-feira do Qnexa (novo medicamento contra a obesidade). O remédio reúne a fentermina – derivado da anfetamina que inibe o centro da fome no cérebro e o topiramato, um anticonvulsivo indicado para epilepsia e enxaqueca e garante a redução de até 10% do peso.

De acordo com os médicos, é mais do que comprovada a eficácia da nova droga para o combate da obesidade.

O medicamento levou dois anos para ser aprovado, pois levantou suspeitas de riscos de defeitos congênitos em bebês de mulheres que engravidaram durante o tratamento e de problemas cardiovasculares.

O laboratório que lançou o medicamento pesquisou mais de 2.400 pessoas obesas ou com sobrepeso, que tinham doenças associadas, como hipertensão. O estudo foi conduzido pela Universidade Duke e financiada pelo laboratório e teve os resultados publicados em abril de 2011 no “Lancet” (publicação científica).

Os resultados apresentados garantindo a eficácia da nova droga foram suficientes para que os especialistas do FDA recomedassem a comercialização nos EUA. De acordo com as pesquisas, o Qnexa é capaz de reduzir em até 10% do peso. Os emagrecedores que conseguem reduzir mais do que 5% de peso já são considerados bastante promissores.

No Brasil, nada muda

De acordo com o especialista João Eduardo Nunes Salles, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, membro do Departamento de Diabetes da SBEM-SP e do Conselho Fiscal da SBEM-SP, essa junção (fentermina e topiramato) não deve ser aprovada no Brasil, porque ao contrário da maioria dos outros países, a ANVISA suspendeu a venda de um dos componentes derivados de anfetamina. “A venda só será aprovada caso a ANVISA reveja essa suspensão”, ressalta o médico.

Estudos demonstram que a prescrição isolada do topiramato também seja capaz de diminuir a compulsão alimentar e, por isso, estima-se que a indicação desse medicamento seja “off label” (fora das indicações da bula), para o tratamento da obesidade.“ O medicamento apresenta algumas contraindicações específicas e devem ser atentadas pelo médico responsável pela prescrição”, alerta o endocrinologista.

Fonte: Tierno Press Assessoria

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Como drogas anti-psicoticas levam a obesidade e diabetes


Diversas drogas anti-psicóticas provocam danos metabólicos como obesidade e diabetes. Um estudo do Instituto de Pesquisa Medica de Sanford-Burnham mostrou que algumas drogas anti-psicoticas interferem no metabolismo ativando uma proteína chamada SMAD3, importante para o caminho do fator de crescimento b (TGFbeta). As drogas que não atuam nesta via não provocaram alteração metabólica.

O caminho do TGF-beta é um mecanismo celular que regula alguns processos biológicos, dentre deles o crescimento celular, a inflamação e a sinalização de insulina. A ativação do SMAD3 por estas drogas são completamente distintos de seus efeitos neurológicos, levantando a possibilidade de produzir novas drogas com atividade benéfica para o cérebro, porem sem os efeitos metabólicos negativos.

“ Acreditamos que muitas drogas anti-psicoticas causam obesidade e diabetes porque ativam o caminho TGFbeta. De todas as drogas que estudamos, aquelas que não provocaram obesidade e diabetes foram as que não ativaram o caminho TGFbeta.,” diz Fred Levine, Md, PHd, diretor do Centro de Estudo da Saúde da Criança de Sanford.

O caminho TFGbeta também tem um papel importante nas doenças metabólicas de  pessoas que não tomam estas drogas. “Sabemos que indivíduos que tem altos níveis de TFGbeta tem maior probabilidade de desenvolver diabetes. Esperamos que estas novas informações possam levar as empresas farmacêuticas a desenvolverem novas drogas anti-psicoticas sem estes efeitos indesejaveis.“  adicionou Dr Levine.

Fonte: Yahhonews.com
          Molecular Psychiatry doi:10.1038/mp.2011.186

Dose Diária de Refrigerante Diet aumenta Risco de doença Cardiovascular

Uma nova pesquisa desenvolvida pela University of Miami Miller School of Medicine e pela Columbia University Medical Center aponta que beber uma única lata de refrigerante diet todos os dias pode aumentar o risco de um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral. Além disso, as bebidas, que são consideradas teoricamente como mais saudáveis, podem criar danos ao fígado e diabetes. As informações foram publicadas pelo Daily Mail

Os pesquisadores afirmaram que aqueles que bebem refrigerante diet são 43% mais propensos a terem esses problemas de saúde do que aqueles que não bebem. Uma análise prévia dessas bebidas mostrou que esses refrigerantes, que têm uma grande quantidade de adoçantes artificiais, também podem causar doença hepática semelhante à causada pelo alcoolismo crônico.

Bebidas diet gaseificadas são comercializadas como uma opção saudável porque têm menos calorias do que os refrigerantes normais, mas seus benefícios à saúde permanecem obscuros, com algumas pesquisas que sugerem que eles acionam ainda mais o apetite das pessoas.

Pesquisa

A equipe de investigação estudou todos os tipos de refrigerantes consumidos pelos 2.564 participantes, durante um período de 10 anos.

Segundo pesquisadores, os mecanismos pelos quais os refrigerantes podem afetar eventos vasculares não são claro.

Fonte: Terra

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Níveis de Vitamina D estão relacionados ao desenvolvimento de Pré–Diabetes



A revista Diabetes Care publicou no final do ano um artigo interessante mostrando que baixos níveis de vitamina D (VitD)no sangue estariam associados ao desenvolvimento de pré-diabetes.
Estudos em animais demonstrou que baixo nível de VitD poderia alterar a síntese e secreção da insulina. No estudo atual avaliaram em seres humanos a relação desta vitamina e a evolução para o pré-diabetes. O pré-diabetes é a fase que antecede o diagnóstico de diabetes, porém já existe risco de desenvolver complicações decorrentes do diabetes, além de risco maior de evoluir para p DiabetesMellitus tipo 2 (DM2). Por outro lado, o tratamento precoce e intensivo nesta fase têm se mostrado eficaz em retardar ou mesmo prevenir o DM2.

A VitD é sintetizada a partir da pele, através da exposição solar, e também pode ser encontrada em alguns alimentos como peixes de água fria (salmão, bacalhau e atum), leite e derivados, ovos e carnes. Hoje em dia a deficiência desta vitamina está cada vez mais frequente, seja porque nos expomos menos ao sol, por temor aos seus efeitos nocivos, seja por alimentação errada. A dose diária recomendada varia com a idade e deve ser monitorada pois o excesso, a hipervitaminose D, pode intoxicar o paciente.

Apesar do estudo demostrar que baixos níveis desta vitamina estão associados ao desenvolvimento de pré-diabetes, ainda não esta confirmado de a suplementação desta vitamina poderia retardar ou prevenir o aparecimento do DM2.

Veja abaixo a tabela de alimentos ricos em VitD

(http://dx.doi.org/10.2223/JPED.1816)

Seus Amigos Estão Te Deixando Gordo?


As pessoas que comem conosco tem uma influencia poderosa, embora sutil, sobre nossos hábitos alimentares, podendo nos levar a comer demais ou erroneamente, especialmente se estão se esforçando a serem agradáveis ou causar uma boa impressão. Quantas vezes você já foi visitar um amigo e lhe oferecem guloseimas e insistem que você as coma?

No estudo publicado no jornal Plos One deste mês, pesquisadores holandeses convidaram 70 pares de mulheres para o jantar. As mulheres tendiam a comer pedaço do mesmo tamanho e no mesmo ritmo que as outras, num ato chamado com espelho-reflexo. Este ato era três vezes mais frequente no inicio da refeição do que ao final da mesma. Este trabalho sugere que as pessoas tendem a ajustar sua ingesta alimentar com a de seus pares e tendem a comer mais em conjunto do que sozinhos.

Foi também detectado que as pessoas que tem o perfil dócil com necessidade de agradar os outros têm maior ingesta alimentar, pois recusam menos comida quando lhes é oferecida. Esta mimica é uma tentativa de se integrar como outras pessoas e por isso pode ocorrer com maior frequência entre familiares do que entre estranhos. Pessoas que tem amigos ou familiares com sobrepeso ou obesidade tem maior probabilidade de também apresentarem problemas com peso.

É importante sabermos deste efeito, pois teremos consciência da situação e poderemos fazer escolhas mais saudáveis durante a alimentação, não nos deixando influenciar por terceiros. Se você suspeita que possa ser um individuo que tenta agradar a todo custo as outras pessoas, você deve tomar cuidado com a ingesta alimentar durante a confraternização com colegas e no seu dia- a-dia.