Ser
diabético não é fácil. Se for tipo 1 ou tipo 2 usuário de insulina, além de
manter uma dieta rigorosamente saudável e fazer atividade física, necessitam
realizar o controle glicêmico com o hemoglicoteste (as famosas fitinhas e
ponta-de-dedo ) e muitas vezes realizar a contagem de carboidratos.
A
contagem de carboidratos nada mais é do que um cálculo matemático, onde somamos
a quantidade de carboidrato que ingerimos e dividimos por um fator (determinado
pelo endocrinologista) para achar a dose de insulina necessária para “queimar”
aquela refeição. Para fazer estes cálculos é necessário que saibamos a quantidade
de carboidrato presente em cada alimento. Até há pouco tempo o diabético tinha
que carregar consigo um livrinho de bolso contendo estas medidas.
Mas
com o avanço da tecnologia foram desenvolvidos diversos programas que baixamos
no celular de tal forma que temos esta lista – literalmente - na palma das
mãos. Escolhi alguns aplicativos gratuitos e em português que testei aprovei.
Programas
como DIAMIGO, desenvolvido para iPhone, iPod, iPad. Inserimos dados como nome, idade,
tipo de diabetes. Colocando a dose de glicemia pré-refeição e dados como
sensibilidade insulínica o aplicativo sugere a dose de insulina a ser aplicada.
O interessante é que há possibilidade de cadastrar os dados de seu
endocrinologista, permitindo envio de informações diretamente para ele. Para
baixar basta entrar no Apple Store e digitar Diamigo.
Outro
aplicativo interessante é o GlicOnLine (http://gliconline.com.br/).
Este aplicativo pode ser utilizado no computador, ou em qualquer smartphone que
tenha internet. Da mesma forma que o anterior, há uma tabela de carboidratos e possibilita
o cálculo de insulina e envio de informações ao medico endocrinologista.
O
Glicocare, também para IPhone e iPod, e pode ser baixado na Apple Store. Com o
Glicocare, pode-se avaliar o andamento da glicose e de interessante é que há
envio de SMS com dicas sobre diabetes e qualidade de vida, o que ajuda o
diabético a se lembrar de se automonitorizar. Há possibilidade de o próprio
usuário criar lembretes que o alertam quando programado. Tem um gráfico para
acompanhamento da glicemia. No entanto, ele não sugere a dose de insulina a ser
aplicada. Mas é uma boa opção para usar junto com outro aplicativo, como um
adicional.
Ainda
em relação a auto monitorização, há dispositivos como as bomba de insulinas que
têm acoplado o sensor de glicose (Paradigma da Medtronic) o qual afere a
glicemia em tempo real a cada 5 minutos. Assim o paciente pode prever se está
evoluindo para hipo ou hiperglicemia, possibilitando maior prevenção, controle
e segurança. A bomba da Roche Perfoma Combo pode ser controlada por controle
remoto o qual também é um medidor de glicemia. Ele envia os dados para a bomba
por ondas de radio, facilitando o manejo.
Até
as insulinas estão mais modernas. Desde 1921 quando Banting e Best conseguiram
isolar a molécula de insulina e houve produção em escala de insulina, o
tratamento desta doença avançou muito. Vidas foram salvas. Depois vieram os
análogos da insulina; e com isto pode-se simular melhor a liberação de insulina
do pâncreas. Agora estamos na fase de “insulinas inteligentes” (smart insulin),
com liberação programada e prolongada possibilitando menor ganho de peso e
menor eventos hipoglicêmicos.
Em
relação a aplicação de insulina, as canetas de insulina possibilitaram picadas
menos doloridas e menor erro na aplicação da dose (já que o numeral mostrando a
dose é grande – bom para crianças e idosos) com menor erro na aplicação.Atualmente há a caneta sem agulha - a Safe-Inject, que promete aplicações quase
indolores.
Hoje
no Brasil somos 12 milhões de diabéticos. Muitos necessitam destas fantásticas
ferramentas que facilitam nosso dia- a- dia. Experimentem, e escolham a que
melhor lhes convier.
autora : DraBibiana
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