Estudos laboratoriais tem uma grande implicação no conhecimento do mecanismo de desenvolvimento da obesidade. Pesquisadores da Universidade de Buffalo, EUA, descobriram que ratos que receberam dieta rica em carboidratos durante um estagio precoce de vida (similar aos meses in iniciais de um ser humano) eram incapazes de se livrar do excesso de peso ao longo da vida. Este estudo demostra que a qualidade de alimentação já no inicio da vida condiciona como nosso corpo ira responder a comida ao longo do resto de nossas vidas.
“Esta foi a primeira vez que confirmamos a hipótese em modelo animal que há uma resistência em reverter a programação da obesidade ao longo da vida, após exposição de dieta rica em carboidratos no inicio da vida.”, explicou DR Mulchand S. Patel, PhD, professor emérito de bioquímica da escola UB de medicina e ciências biológicas.
Este estudo pode ser extrapolado para serem humanos, pois quando os pais tiram os bebes da leite materno ou mamadeiras, ele geralmente oferecem alimentos ricos em carboidratos e açucares. “Muitos alimentos para bebes são ricos em açucares e calorias,” ele disse. ”Nossa hipótese é que oferecer estes alimentos muito precoce nas vidas destas crianças, aumenta a procura de alimentos ricos em carboidratos, elevando a secreção de insulina e provoca uma programação metabólica que , em troca, predispõe essa criança a obesidade mais adiante na vida.”
No presente estudo, pesquisadores ofereceram dieta com a mesma quantidade de calorias para ratos de 3 semanas de vida. No entanto, em um grupo trocaram gorduras por carboidratos. Depois ambos os grupos receberam uma dieta de rato comum. Os ratos que tinham sido alimentados com excesso de carboidratos provocou uma programação metabólica com desenvolvimento de hiperinsulinemia ( excesso de liberação de insulina no organismo), um precursor do diabetes tipo 2 (do adulto).
“Descobrimos que estes ratos exposto a dieta rica em carboidratos sofreram restrição calórica moderada, similar ao individuo que faz deita para perda de peso, a memoria é apenas suprimida e não apagada.” (NT: ou seja, tem mais facilidade em reganhar o peso)
“Durante este período critico da vida, o hipotálamo, órgão do cérebro que regula o apetite, torna-se programado a induzir o individuo a ingerir mais comida. E a restrição calórica moderada numa fase mais tardia da vida não consegue reverter esta programação.”, ele continua.
Dr Patel reitera que os pais devem seguir as orientações alimentares sugeridas pela Academia Americana de Pediatras e não oferecerem alimentos sólidos antes dos 6 meses de vida.
NT: 1.Este trabalho comprova a frase: “Somos o que comemos”. Se oferecemos uma dieta rica em carboidratos (com excesso de calorias, açúcar e derivados) logo no inicio da vida, nossos filhos desenvolverão uma “memoria” desta dieta ruim. E ao longo de suas vidas, terão mais facilidade em ganhar peso e mais dificuldade em perdê-lo. O ser humano cria uma memoria gustativa (do paladar) nos primeiros anos de vida. Ele não nasce “gostando“ de um alimento. Somos nós, os adultos, quem modulamos este paladar baseado no que oferecemos ao bebe.
2. Como o estudo mostrou, não é só excesso de alimentos gordurosos que fazem mal. Excesso de carboidratos (açúcar, mel, pão, bolacha, arroz, macarrão etc) é tão ruim quanto, ou pior.
3. Portanto, cuidado pais, ao oferecerem estes tipos de alimentos para seus infantes. Eles não precisam de açúcar industrializado. Não precisam experimentar chocolates, refrigerantes e outros alimentos calóricos não naturais nos primeiros anos de vida. Ofereçam frutas, que tem o açúcar natural. Assim terão uma “memoria” de alimentos saudáveis.
Tradução e NT: dra Bibiana
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua mensagem.