terça-feira, 26 de junho de 2012

A Tecnologia Auxiliando o Controle do Diabetes



Ser diabético não é fácil. Se for tipo 1 ou tipo 2 usuário de insulina, além de manter uma dieta rigorosamente saudável e fazer atividade física, necessitam realizar o controle glicêmico com o hemoglicoteste (as famosas fitinhas e ponta-de-dedo ) e muitas vezes realizar a contagem de carboidratos.

A contagem de carboidratos nada mais é do que um cálculo matemático, onde somamos a quantidade de carboidrato que ingerimos e dividimos por um fator (determinado pelo endocrinologista) para achar a dose de insulina necessária para “queimar” aquela refeição. Para fazer estes cálculos é necessário que saibamos a quantidade de carboidrato presente em cada alimento. Até há pouco tempo o diabético tinha que carregar consigo um livrinho de bolso contendo estas medidas.

Mas com o avanço da tecnologia foram desenvolvidos diversos programas que baixamos no celular de tal forma que temos esta lista – literalmente - na palma das mãos. Escolhi alguns aplicativos gratuitos e em português que testei aprovei.

Programas como DIAMIGO, desenvolvido para iPhone, iPod, iPad. Inserimos dados como nome, idade, tipo de diabetes. Colocando a dose de glicemia pré-refeição e dados como sensibilidade insulínica o aplicativo sugere a dose de insulina a ser aplicada. O interessante é que há possibilidade de cadastrar os dados de seu endocrinologista, permitindo envio de informações diretamente para ele. Para baixar basta entrar no Apple Store e digitar Diamigo.

Outro aplicativo interessante é o GlicOnLine (http://gliconline.com.br/). Este aplicativo pode ser utilizado no computador, ou em qualquer smartphone que tenha internet. Da mesma forma que o anterior, há uma tabela de carboidratos e possibilita o cálculo de insulina e envio de informações ao medico endocrinologista.

O Glicocare, também para IPhone e iPod, e pode ser baixado na Apple Store. Com o Glicocare, pode-se avaliar o andamento da glicose e de interessante é que há envio de SMS com dicas sobre diabetes e qualidade de vida, o que ajuda o diabético a se lembrar de se automonitorizar. Há possibilidade de o próprio usuário criar lembretes que o alertam quando programado. Tem um gráfico para acompanhamento da glicemia. No entanto, ele não sugere a dose de insulina a ser aplicada. Mas é uma boa opção para usar junto com outro aplicativo, como um adicional.

Ainda em relação a auto monitorização, há dispositivos como as bomba de insulinas que têm acoplado o sensor de glicose (Paradigma da Medtronic) o qual afere a glicemia em tempo real a cada 5 minutos. Assim o paciente pode prever se está evoluindo para hipo ou hiperglicemia, possibilitando maior prevenção, controle e segurança. A bomba da Roche Perfoma Combo pode ser controlada por controle remoto o qual também é um medidor de glicemia. Ele envia os dados para a bomba por ondas de radio, facilitando o manejo.

Até as insulinas estão mais modernas. Desde 1921 quando Banting e Best conseguiram isolar a molécula de insulina e houve produção em escala de insulina, o tratamento desta doença avançou muito. Vidas foram salvas. Depois vieram os análogos da insulina; e com isto pode-se simular melhor a liberação de insulina do pâncreas. Agora estamos na fase de “insulinas inteligentes” (smart insulin), com liberação programada e prolongada possibilitando menor ganho de peso e menor eventos hipoglicêmicos.

Em relação a aplicação de insulina, as canetas de insulina possibilitaram picadas menos doloridas e menor erro na aplicação da dose (já que o numeral mostrando a dose é grande – bom para crianças e idosos) com menor erro na aplicação.Atualmente há a caneta sem agulha - a Safe-Inject, que promete aplicações quase indolores.

Hoje no Brasil somos 12 milhões de diabéticos. Muitos necessitam destas fantásticas ferramentas que facilitam nosso dia- a- dia. Experimentem, e escolham a que melhor lhes convier. 



autora : DraBibiana 

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